Na Europa antiga, bem antes do descobrimento do Brasil, já aconteciam festas populares durante o solstício de verão (ápice da estação), as quais marcavam o início da colheita. Dos dias 21 a 24 de junho, diversos povos, como os celtas, bascos, egípcios e sumérios, faziam rituais de invocação da fertilidade para estimular o crescimento da vegetação, prover a fartura nas colheitas e trazer chuvas. Nelas, ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos vários deuses em que o povo acreditava.
As pessoas dançavam e faziam fogueiras para espantar os maus espíritos. Por exemplo: as cerimônias realizadas em Cumberland, na Escócia e na Irlanda, na véspera de São João, consistiam em oferecer bolos ao sol, e algumas vezes em passar crianças pela fumaça de fogueiras.
As origens dessa comemoração também remontam à Antiguidade, quando se prestava culto à deusa Juno da mitologia romana. Os festejos em homenagem a essa deusa eram denominados “junônias”. Daí temos uma das procedências do atual nome “festas juninas”.
Tais celebrações coincidiam com as festas em que a Igreja Católica comemorava a data do nascimento de São João, um anunciado da vinda de Cristo. O catolicismo não conseguiu impedir sua realização. Por isso, as comemorações não foram extintas e sim adaptadas para o calendário cristão.
Como o catolicismo ganhava cada vez mais adeptos, nesses festejos acabou se homenageando também São João. É por isso que no inicio as festas eram chamadas de Joaninas e os primeiros paises a comemorá-las foram França, Itália, Espanha e Portugal.
Os jesuítas portugueses trouxeram os festejos joaninos para o Brasil. As festas de Santo Antonio e de São Pedro só começaram a ser comemoradas mais tarde, mas como também aconteciam em junho passaram a ser chamadas de festas juninas.
O curioso é que antes da chegada dos colonizadores, os índios realizavam festejos relacionados à agricultura no mesmo período. Os rituais tinham canto, dança e comida. Deve-se lembrar que a religião dos índios era o animismo politeísta (adoravam vários elementos da natureza como deuses).
As primeiras referências às festas de São João no Brasil datam de 1603 e foram registradas pelo frade Vicente do Salvador, que se referiu aos nativos que aqui estavam da seguinte forma: “os índios acudiam a todos os festejos dos portugueses com muita vontade, porque são muito amigos de novidade, como no dia de São João Batista, por causa das fogueiras e capelas”.
Fontes de consultas:
Defesa da Fé - junho de 2002 nº45;
Jornal - Folha de Rio Preto, 22/06/2003;
Revista - Galileu Junho 2003 nº143;
Artigo do CACP - “As Maldições das Festas Juninas” - Pr. Afonso Martins;
Anotações particulares do Pb. Paulo Cristiano da Silva
Fonte: http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?Id=917
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