26 de junho de 2015

Kemetismo

Kemetismo Ortodoxo é uma das inúmeras religiões Reconstrucionistas de antigo Egito. Foi fundado no final dos anos 80 pela Senhora Tamara Siuda. Tenta reconstruir as práticas religiosas dos habitantes do Antigo Kemet, agora chamado Egito. Também incorpora rituais e conceitos raro a esta seita particular, causando ser chamado mais de uma religião de revivalist que uma fé estrita reconstruccionistas. Atualmente, o único templo do Kemetismo Ortodoxo, Tawy House, está localizado em Joliet, Illinois.

Iniciante
O Kemetismo Ortodoxo tem um sistema muito flexível de compromisso à fé. O interessado deve participar do Curso de Iniciantes. O curso de iniciantes é um curso de 11 semanas dado pelos sacerdotes da religião àqueles interessados tanto em ingressar na fé quanto aprender mais sobre a fé. Consiste de 11 lições enviadas semanalmente por e-mail através de uma lista virtual cujo somente os membros do curso têm acesso. Os participantes do curso também têm acesso a um website próprio com materiais do curso disponíveis, assim como a um fórum de mensagens em que podem comunicar-se com os sacerdotes e a Nisut (Rei, Faraó) especificamente sobre o conteúdo co curso. O curso é livre e não requer nenhum tipo de compromisso: alguém pode fazer o curso, não se identificar com a fé e sair.
Praticas
A Ortodoxia Kemética possui dois tipos de prática: a Prática Estatal que consiste na realização de rituais e celebrações por sacerdotes específicos, do jeito mais fiel possível aos que os antigos sacerdotes egípcios faziam. Na Prática Estatal também são celebrados os mesmos festivais formais que eram celebrados na Antiga religião egípcia, tudo sob o controle e orientação dos sacerdotes, e são justamente essas formalidades fieis às formalidades antigas que dão o caráter "ortodoxo" da religião, que conta inclusive com um calendário kemético, sendo a celebração mais importante o Wep Ronpet que é o ano novo kemético, que acontece geralmente entre em Julho e Agosto quando começa a cheia do rio Nilo. Já a Prática Pessoal, consiste em altares pessoais que os fieis fazem e ali realizam seus rituais diários, orações, adorações espontâneas, etc, além de suas próprias experiências cotidianas com a espiritualidade kemética.

A Crença em Netjer (As divindades egípcias)

Antes de qualquer crença é fundamental é a crença em Netjer e Seus Nomes. Sem a crença nos deuses de Kemet, uma pessoa não está seguindo o Kemetismo Ortodoxo em absoluto. Ter um ponto de vista monólatro de Netjer é também parte deste pilar. Os seguidores do Kemetismo Ortodoxo normalmente comunicam-se com Netjer através destes Nomes.
Monolatria é uma forma de politeísmo. Adeptos do monolatria acredito que muitos deuses emanam de uma fonte. No caso de Kemetismo Ortodoxo, todos os nomes de Netjer emanam de Atum.

Hierarquia

A Ortodoxia Kemética possui uma rígida hierarquia, a saber:
  • Iniciantes: São aqueles que foram admitidos na classe de iniciantes, onde aprendem tudo sobre a religião e tem seu primeiro contato com a comunidade kemética, sendo ensinados, orientados e auxiliados por sacerdotes. Após o término da classe de iniciantes, a pessoa pode decidir tornar-se um Remetj caso tenha identificado-se com a religião, ou pode recusar caso não tenha identificado-se.
  • Remetj: São aqueles que passaram pela classe de iniciantes e decidiram tornar-se membros, porém sem converterem-se totalmente.
  • Shemsu: São os Remetj que decidiram comprometer-se totalmente com a Ortodoxia Kemética. Para tanto, previamente passaram pelo RPD (Rito de Divinação Parental) no qual a Nisut descobre quais Nomes de Netjer(Deuses egípcios) são os Pais divinos e Amados divinos da pessoa. Após o RPD, a pessoa decidiu ser um seguidor de seus deuses pessoais que apareceram em seu RPD, fez juramentos e então participou da Cerimônia de Nomeação na qual seu(s) Pai(s) divino(s) lhe deram um nome espiritual, ou nome de Shemsu. Esse nome espiritual é divinado pela Nisut e é relacionado ao(s) Pai(s) divino(s) da pessoa, que então finalmente é apresentada à comunidade kemética como um novo Shemsu. No entanto, ninguém é obrigado a tornar-se Shemsu; um Remetj pode passar pelo RPD e decidir continuar como Remetj.
  • Shemsu-Ankh: São todos os Shemsu que decidiram dedicar boa parte de seu tempo à comunidade da religião, passando por novos ritos de passagem e juramentos especiais à fé como o Weshem-ib que significa "pesagem do coração", podendo então desempenhar alguma função coletiva e ou serem ordenados em sacerdócios específicos como o sacerdócio W'ab e o sacerdócio Imakhu.
  • Nisut: É o líder espiritual e administrativo, função que no passado era desempenhado pelo faraó, e atualmente desempenhada pela própria fundadora da religião, Tamara Siuda, que é também egiptóloga, trazendo conhecimento científico para basear a fé, os ensinamentos, os ritos e a estrutura da Ortodoxia Kemética. Seu título simplificado como Nisut é Hekatawy I. Obs: ela não é considerada um faraó e nem infalível, tampouco uma divindade.

24 de junho de 2015

Deus Osíris / Wesir

Ler sobre o Deus(a) : Amon Rá Ptah - Shu - Tefnut - Geb - Nut - Osíris Ísis - Seth - Neftis - Horus - Toth - Maat - Anubis - Bastet

Osíris ou Wesir, Ausar, Asar
(Ausar em egípcio) é um deus do panteão egípcio, associado à vegetação e a vida no Além. Oriundo de Busíris, no Baixo Egipto, Osíris foi um dos deuses mais populares do Antigo Egipto, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até à era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.
Marido de Ísis e pai de Hórus, ele  é quem julga os mortos na "Sala das Duas Verdades", onde se procedia à pesagem do coração ou psicostasia.
Osíris, é sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egipto, devido ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local,e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura).Para os seus primeiros adoradores, Osíris é apenas a encarnação das forças da terra e das plantas. À medida que o seu culto se foi difundindo por todo o espaço do Egipto, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava.

ParentescoGeb e Nut 
Filho(s)Hórus

Oferendas e representações>


Alimento/Bebida

Areia e peixe nunca são oferecidos a Wesir pois a areia é associada a Set e o peixe é associado com o mito do desmembramento.
  • Pão
  • Cerveja
  • Vinho
  • Sementes
  • Verduras de toda espécie (com a exceção de alface, que é consagrada a Set)

Itens

  • Plantas vivas
  • Touros
  • Símbolos de fertilidade
  • Pilares Djed

Pedras

  • Ágata musgo
  • Água-marinha
  • Esmeralda
  • Jade
  • Madeira petrificada

Perfumes

  • Cedro-do-atlas
  • Vetiver

Cores

  • Verde
  • Marrom
  • Preto

Flores

Deusa Nut

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Nut 
é uma deusa egípcia. Representava o céu e era significativamente invocada como a mãe dos deuses.
É muitas vezes representada sob a forma de uma vaca, por alusão a uma metamorfose por que espontaneamente teria passado. Era representada por uma belíssima mulher, trazendo o disco solar ornando sua cabeça.
Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra.
Nut, esposa de Geb, foi a mãe de OsírisHorusSeth, Ísis e Néftis, em um único parto.1 Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth logo ficou evidente quando, ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.

Alimento/Bebe

  • Água
  • Bolos doces
  • Coco
  • Pão
  • Tâmaras
  • Figos
  • Leite (adoçado com mel)
  • Chá de camomila
  • Chocolate branco
  • Russo branco

Itens

  • Música
  • Estrelas de cinco pontas
  • Penas
  • Imagens do céu noturno ou o universo
  • Moedas
  • Caixas
  • Conchas
  • Ovos de pedra

Pedras

  • Chlorastrolite
  • Pérolas de Ouro
  • Lápis-lazúli
  • Malaquita
  • Sodalita
  • Turquesa
  • Goldstone Azul

Perfumes

  • Gardênia
  • Rosa
  • Figueira

Cores

  • Azul
  • Azul marinho
  • Ouro

Flores

  • Craveiro
  • Crisântemos
  • Hortênsias
  • Jasmim
  • Lírios
  • Rosas, vermelhas (frescas ou secas)
  • Rosas, brancas

Deus Geb

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Geb , é o deus egípcio da terra. Era também um dos Ennead. Pai de Osiris, Horus, Ísis, Seth e Néftis e marido de Nut.
Geb é o deus egípcio da terra,
Estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Umidece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade no túmulo.
Suas cores eram o verde (vida) e o preto (lama fértil do Nilo). É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. É o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. É sempre representado com um ganso sobre a cabeça, nas pinturas.
Seu animal representante era o ganso. E ele era comumente representado usando uma coroa com uma pluma e chifres em forma de carneiro.

ParentescoShu e Tefnut
CônjugeNut
Filho(s)Ísis, Néftis, Hathor, Osíris e Seth


Alimento/Bebe

  • Esfria água

Itens

Pedras

  • Todas pedras são uma parte de Geb

Perfumes

Cores

  • Doura
  • Verde

Flores

Deusa Tefnut

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Tefnut 
(também conhecida comoTefnet) é a deusa que personificava a umidade e as nuvens na mitologia egípcia. Tefnut simbolizava generosidade e também as dádivas e enquanto seu irmão Shu afasta a fome dos mortos, ela afasta a sede.
Irmã e esposa de Shu, formava com ele o primeiro par de divindades da Enneade de Heliópolis.


Parentesco
CônjugeShu
Filho(s)Geb e Nut

Deus Shu

Ler sobre o Deus(a) : Amon - - Ptah - Shu - Tefnut - Geb - Nut - Osíris - Ísis - Seth - Neftis - Horus - Toth - Maat - Anubis - Bastet


Shu 
(também grafado na forma aportuguesada Chu) é o deus egípcio do ar seco, do estado masculino, calor, luz e perfeição. Juntos, Shu e Tefnut geraram Geb e Nut. Shu é o responsável por separar o céu da terra (sendo representado como um homem tendo Geb, a terra, em seus pés, e levantando Nut, o céu, com os braços, numa representação que se assemelha ao Atlas damitologia grega). É ele também quem traz a vida com a luz do dia. É representado como um homem usando uma grande pluma de avestruz na cabeça. Criou também as estrelas pelas quais os seres humanos podem elevar-se e atingir os céus e as colocou na cidade de Gaaemynu. Ele só se tornou popular a partir do Império Novo.

Parentescoáguas de Nu/Atum
CônjugeTefnut
Filho(s)Geb,Nut

Para os adoradores desse Deus, segue lista para se fazer oferendas e altar.

Alimento/Bebe

Itens

  • Penas
  • Ventiladores fizeram de papel
  • Colunas e pilares

Pedras

  • Howlita
  • Quartzo

Perfumes

  • Gardenia
  • Sândalo

Cores

23 de junho de 2015

Deus Ptah / Pita

Ler sobre o Deus(a) : Amon Rá - Ptah - Shu - Tefnut - Geb - Nut - Osíris - Ísis - Seth - Neftis - Horus - Toth - Maat - Anubis - Bastet

PTAH
Na mitologia egípcia Ptah, provavelmente vocalizado como Pitaḥ em egípcio antigo) é o demiurgo de Mênfis, deus dos artesãos e arquitetos. Na tríade de Mênfis, ele é o marido de Sekhmet e por vezes de Bastet , e seus filhos eram: Nefertem, Mihos, Imhotep e Maahes. Também foi considerado como o pai do sábio Imhotep. Os gregos conheciam-no como o deus Hefesto, e desta forma o historiador egípcio Mâneton fez dele o primeiro rei do Egito.
Ao contrário de Seker, outro deus construtor, Ptah está associado às obras em pedra.É um construtor.3 e Ápis era seu oráculo. Mais tarde, foi combinado com Seker e Osíris para criar Ptah-Seker-Osiris.
Nas artes, é representado como um homem mumificado com as mãos segurando um cetro (ceptro) enfeitado com ankh, was e djed(símbolos da vida, força e estabilidade, respectivamente).

CônjugeSekhmet Bastet
Filho(s)Nefertem Imhotep Mihos Maahes

Para os adoradores desse Deus, segue lista para se fazer oferendas e altar.

Alimento/Bebe

  • Cerveja
  • Pão
  • Pastrami

Itens

  • Ferramentas
  • Itens feieis à mão

Pedras

Perfumes

Cores

  • Azul
  • Branco
  • Canela (pedra)

Flores



Deuses, Orixás Panteão Africano

Lista dos deuses (Orixás) Panteão Africano

22 de junho de 2015

Deus Rá / Ré

Lista dos deuses egípcios: 
Princípios cósmicos: Neter
Neteru primordiais:  Nun • Atum • Amon • Aton • Rá • Ka • Ptah • Hu
Neteru geradores:  Shu • Tefnut • Geb • Nut
Neteru da primeira geração: Osíris • Ísis • Seth • Néftis • Hórus
Neteru da segunda geração: Hórus • Hator • Tot • Maat • Anúbis • Anuket • Bastet • Sokar • Sekhmet


 é o deus do Sol do Antigo Egito. No período da Quinta Dinastia se tornou uma das principais divindades da religião egípcia, identificado primordialmente com o sol do meio-dia.3 O principal centro de seu culto era a cidade deHeliópolis (chamada de Inun, "Local dos Pilares", em egípcio),4 onde era identificado com o deus solar local, Atum.5 Através de Atum, ou como Atum-Ra, também era visto como o primeiro ser, responsável pela egipicia Enéade, que consistia de Shu e Tefnut,Geb e Nut, Osíris, Seth, Ísis e Néftis.
Nos textos das pirâmides, Rá e Hórus são claramente distintos (por exemplo, Hórus remove para o sul do céu o trono de Rá)6 , mas em dinastias posteriores Rá foi fundido com o deus Hórus, formando Re-Horakhty ("Rá, que é o Hórus dos Dois Horizontes"), e acreditava-se que era soberano de todas as partes do mundo criado (o céu, a terra e o mundo inferior.)4 É associado com o falcãoou o gavião. No Império Novo o deus Amon se tornou proeminente, após fundir-se com Rá e formar Amon-Rá.
Durante o Período de Amarna, Aquenáton reprimiu o culto de Rá em favor de outra divindade solar, Aton, o disco solar deificado, porém com a sua morte o culto de Rá foi restaurado.
O culto do touro Mnévis, uma encarnação de Rá, também teve seu centro em Heliópolis, onde existia um cemitério oficial para os touros sacrificados.
Segundo uma das versões do mito, todas as formas de vida teriam sido criadas por Rá, que as chamou à existência pronunciando seus nomes secretos. De acordo com outra das versões, os seres humanos teriam sido criados a partir das lágrimas e do suor de Rá, motivo pelo qual os egípcios se chamavam de "Gado de Rá". No mito da Vaca Celestial se descreve como a humanidade teria tramado contra Rá, e como ele teria enviado seu olho, na forma da deusa Sekhmet, para puni-los, que acabou por se tornar sedenta por sangue, e só foi pacificada com a mistura de cerveja e tinta vermelha.
Outros nomesArkmen-Rá, Atum-Ré, Tem, Temu, Tum e Atem
ParentescoNun
Filho(s)Chu,Tefnut, Hathor , Sekhmet(em alguns relatos), Bast , Selket

Para os adoradores desse Deus, segue lista para se fazer oferendas e altar.

Alimento/Bebida

  • Laranjas
  • Pipoca

Itens

  • Obeliscos
  • Aumenta
  • Sóis
  • Raios

Pedras

  • Âmbar
  • Cornalina
  • Citrino
  • Lápis-lazúli
  • Pirita
  • Turquesa
  • Topázio, Amarelo

Perfumes

  • Sândalo

Cores

  • Vermelho
  • Amarelo
  • Laranja

Flores

  • Girassol
  • Lótus
  • Nenúfares

Deus Amon / Amen / Amun

Lista dos deuses egípcios: 
Princípios cósmicos: Neter
Neteru primordiais:  Nun • Atum • Amon • Aton • Rá • Ka • Ptah • Hu
Neteru geradores:  Shu • Tefnut • Geb • Nut
Neteru da primeira geração: Osíris • Ísis • Seth • Néftis • Hórus
Neteru da segunda geração: Hórus • Hator • Tot • Maat • Anúbis • Anuket • Bastet • Sokar • Sekhmet



AMON
Visto como rei dos deuses e como força criadora de vida. Deus local de Karnak, constitui uma família divina com sua esposa Mut e seu filho Khonsu.


Identificado com o sol, era representado de várias formas: como animal, como homem com cabeça de animal ou como um homem normal com um barrete encimado por duas grandes plumas. Os animais a ele associados eram o ganso e o carneiro. Por isso, este deus podia ser representado sob estas formas, embora a de ganso fosse muito rara. Os sacerdotes que prestavam culto a este deus vestiam túnica branca com capa de pele de leopardo, tinham de raspar a cabeça e não podiam caçar animais relacionados ao deus, nem usar peruca. Por volta do ano 2000 a.C., Amon era o principal deus dos egípcios. Seiscentos anos mais tarde, o Faraó Amenófis IV preocupado com o grande poder que os sacerdotes deste deus tinham alcançado, tentou substituir o seu culto pelo de Aton. Porém, à sua morte, o seu sucessor, o Faraó Tutancâmon, fez com o todo o Egito passasse a prestar de novo culto a Amon. O culto a este deus haveria de acabar definitivamente quando os assírios, no ano 663 a.C., conquistaram Tebas e impuseram o culto aos seus deuses.
O deus Amon era acompanhado de sua mulher Mut (representada num corpo de mulher, mas com cabeça de abutre ou coroas).

Nascimento
adorado em Tebas
Parentesconenhum (auto-criado)
CônjugeMut, Amunet, Wosret
Filho(s)Khonsu e Montu

Alimento/Bebida

  • Carne de bovino

Itens

  • Incenso
  • Perfumes

Pedras

  • Lápis-lazúli
  • Pirita
  • Quartzo, transparente

Perfumes

  • Mirra

Cores

  • Azul
  • Ouro
  • Prata

Orixá - Xangó


DIA: Quarta-Feira
CORES: Vermelho (ou marrom) e branco
COMIDA: Amalá
SÍMBOLOS: Oxés (machados duplos), Edún-Àrá, xerê
ELEMENTOS: Fogo (grandes chamas, raios), formações rochosas.
DOMÍNOS: Poder estatal, justiça, questões jurídicas.
SAUDAÇÃO: Kawó Kabiesilé!!
Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sòngó), porque o poder é a sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?
Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem seus devotos na África. Porém o desafio é feito sempre para ratificar o poder de Xangô.
A maneira como todos devem se referir a Xangô já expressa o seu poder. Procure imaginar um elefante, mas um Elefante-de-olhos-tão-grandes-quanto-potes-de-boca-larga: esse é Xangô e, se o corpo do animal segue a proporção dos olhos, Xangô realmente é o Elefante-que-manda-na-savana, imponente, poderoso.
Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, por exemplo, lhe é devido por ter se tornado o quarto alafim de Òyó, que era considerada a capital política dos iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô destronou o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar. A personalidade paciente e tolerante do irmão irritavam Xangô e, certamente, o povo de Òyó, que o apoiou para que ele se tornasse o seu grande rei, até hoje lembrado.
O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Oranian, foi fundador da cidade e de sua dinastia. Ele só fez apressar a sua ascensão. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem que seu poder, antes de ser conquistado pela opressão, pela força, é merecido. Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar credibilidade aos seus súbditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito apurado.
Não erram, como se viu, os que dizem que Xangô exerce o poder de uma forma ditatorial, que faz uso da força e da repressão para manter a autoridade. Sabe-se, no entanto, que nenhuma ditadura ou regime despótico mantém-se por muito tempo se não houver respaldo popular. Em outros termos, o déspota reflecte a imagem de seu povo, e este ama o seu senhor, seja porque nos momentos de tensão responde com eficiência, seja por assumir a postura de um pai. No caso de Xangô, sua rectidão e honestidade superam o seu carácter arbitrário; suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado, pois é repressor por seu estilo, não por maldade.
Fato é que não se pode falar de Xangô sem falar de poder. Ele expressa autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho. O fogo é a grande arma de Xangô, com a qual castiga aqueles que não honram seu nome. Por meio do raio ele atinge a casa do próprio malfeitor.
Xangô é bastante cultuado na região de Tapá ou Nupê, que, segundo algumas versões históricas, seria terra de origem de sua família materna.
Tudo que se relaciona com Xangô lembra realeza, as suas vestes, a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. A cor vermelha, por exemplo, sempre esteve ligada à nobreza, só os grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho, e Xangô pisa sobre o fogo, o vermelho original, o seu tapete.
Xangô sempre foi um homem bonito extremamente vaidoso, por isso conquistou todas a mulheres que quis, e, afinal, o que seria um ‘olhar de fogo’senão um olhar de desejo ardente? Quem resiste ao olhar de “flirt” de Xangô?
Xangô era um amante irresistível e por isso foi disputado por três mulheres. Iansã foi sua primeira esposa e a única que o acompanhou em sua saída estratégica da vida. È com ela que divide o domínio sobre o fogo.
Oxum foi à segunda esposa de Xangô e a mais amada. Apenas por Oxum, Xangô perdeu a cabeça, só por ela chorou.
A terceira esposa de Xangô foi Oba, que amou e não foi amada. Oba abdicou de sua vida para viver por Xangô, foi capaz de mutilar o seu corpo por amor o seu rei.
Xangô decide sobre a vida de todos, mas sobre a sua vida (e sua morte) só ele tem o direito de decidir. Ele é mais poderoso que a morte, razão pela qual passou a ser o seu anti-símbolo.
Características dos filhos de Xangô
É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é quase sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado. Há também os magros e muito elegantes.
Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.
Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objectos de sua vaidade.
São amantes vigorosos, em seu lado negativo, pobre das mulheres cujos maridos são de Xangô. Um filho de Xangô está sempre cercado por amigos, auxiliares, no caso de governantes, empresários, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.
Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.